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A JMJ do Panamá foi, como todas as outras, o momento privilegiado da comunicação do Papa com o seu povo.
Com todo o seu povo e não somente os jovens. Embora, seja verdade que o Papa fala através deles. E é pelo protagonismo jovem que se pretende alcançar o formato dessa nova Igreja, que como sempre, é a única que sabe responder ao verdadeiro desejo do coração de cada um de nós – como vimos nos testemunhos dos detentos, dos jovens e dos voluntários. Mas que precisa saber comunicar uma mensagem de 2000 anos, com um jeito novo. Um jeito jovem.
Por isso, Maria, que já era a “Sede da Sabedoria”, a “Torre de Marfim”, agora também é a “Influencer de Deus”. Acho que não vamos chegar a acrescentar esse título à ladainha, mas certamente vamos adicionar essa faceta ao modelo de humanidade a ser copiado.
Ser protagonista. É isso que Francisco vem pedindo desde a JMJ do Rio de Janeiro.
No Rio, pediu discípulos missionários e revolucionários. Mas a uma revolução missionária precisa passar primeiro pela conversão. Então, na Cracóvia, falou sobre misericórdia e pediu por santidade. Mas a fé sem obras é morta, então, agora, é a hora dos influencers. O Papa pede por jovens que digam SIM para mudar o mundo.
Um mundo cheio de desafios. Todos eles postos às claras nesta Jornada. Começando no discurso às autoridades panamenhas, através da história do país, Francisco coloca na mesa as questões econômicas, ao mesmo tempo em ocorrem as discussões de Davos, mas com o homem no centro, não o dinheiro.
Passou pelas mazelas da Igreja, na grande catequese aos bispos da América Central, no conselho dado na Basílica aos pés de Nossa Senhora: devemos abrir os olhos e perceber se em meio ao cansaço físico, estamos caindo no “Cansaço da Esperança” aquele que se cansa de esperar e se reduz. Limita a uma burocracia o Deus do Impossível.
Porque só crendo no Deus do Impossível e na sua Esperança é plausível crer que os tantos desafios propostos em cada uma das estações da Via-Sacra serão superados por uma sociedade que “consome e se consome”.
Está tudo aí. Às claras. O jeito de Francisco enfrentar a Igreja, para levar a Igreja a enfrentar o mundo. Porque quando paramos de enfrentá-lo, o Reino de Deus pára de vencê-lo. Porque a missão a que somos enviados pela Igreja “não é um entretanto nas nossas vidas. (…) não é um fundo musical (…) uma moda”.
Construir o Reino de Deus, vencer o mundo é tarefa pra hoje. Não somos o futuro. Somos o “agora de Deus”.
Faça-se em mim, segundo a sua palavra.