Para esta data, preparamos uma formação com algumas curiosidades sobre este doutor da Igreja.
Santo Antônio de Lisboa ou Santo Antônio de Pádua?
O nome de batismo de Santo Antônio era Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo, nascido em Lisboa, Portugal, em 1195. Ocorre que, durante sua missão, decidiu estabelecer-se em Pádua (Padova), onde fez boa parte de seus sermões e pregações mais famosos e onde veio a falecer em 1231 e onde se encontram seus restos mortais em uma belíssima Basílica. Assim, para os portugueses e suas antigas colônias, como o Brasil, Santo Antônio é de Lisboa. No entanto, para os italianos, Santo Antônio é de Pádua. Atualmente, temos igrejas dedicadas ao Santo com as duas nomenclaturas.
Santo Antônio e São Francisco de Assis
Após um período na Ordem dos Cônegos Regulares, de Santo Agostinho, ao se deparar com os restos mortais de cinco missionários franciscanos torturados e mortos em Marrocos, Fernando decide ingressar na Ordem de São Francisco, com o objetivo de ir para o Marrocos pregar o Evangelho. Por conta de uma doença, teve que retornar à Itália, onde São Francisco havia convocado todos os seus frades e onde tiveram um breve encontro.
Grande pregador
Em setembro de 1222, foi enviado para pregar em Forli, onde logo teve seu talento descoberto. Possuía ampla cultura bíblica e simplicidade para se expressar aos fiéis. Após, começou a percorrer o norte da Itália e o sul da França, para levar a Palavra do Senhor em uma época muito confusa, por conta das heresias então existentes. São Francisco, mesmo preferindo que seus frades não exibissem grande conhecimento, para que isso não se tornasse motivo de soberba, autorizou expressamente que Antônio ensinasse Teologia aos frades que se formavam, recomendando-lhe que não descuidasse da oração.
Sermão para os peixes
Depois de ser abandonado por um povo que escolhera seguir os cátaros, hereges que não acreditavam em Jesus Cristo, Antônio se dirigiu aos peixes no Rio Marcehia, em Rimini, Itália. Os peixes começaram a sair da água para escutar a pregação do Santo, o que impressionou os presentes que passaram a retornar e a seguir os ensinamentos de Antônio.
O pão de Santo Antônio
A tradição de distribuir pães no Dia de Santo Antônio vem da prática do próprio santo, que alimentava os pobres e doentes com os pães do convento onde morava, e estes alegavam ficar curados ao comê-lo. Outra história narra que, por Santo Antônio ter partilhado dos pães do convento com os pobres, não haviam pães suficientes para servir seus confrades. Indo a Antônio, o santo pediu para olhar mais uma vez o cesto, que estava transbordando de pães.
Santo Casamenteiro
Na época de Santo Antônio, era necessário apresentar um dote para o casamento, como uma espécie de “indenização” para as despesas que a família teria acolhendo um novo membro. Os mais pobres sofriam com essa regra e Antônio teria ajudado muitas jovens a conseguir o dote, o que espalhou sua fama de “casamenteiro”. Infelizmente, hoje em dia há um certo desvirtuamento, pois, ao invés de olhar para a caridade de Antônio, as pessoas usam a tradição do Santo para realizar simpatias e outras atitudes incompatíveis com a fé católica.
A língua incorrupta
Santo Antônio, abatido por sua doença, faleceu em 13 de junho de 1231, com apenas 36 anos de idade. O luto por conta de seu falecimento foi tão grande que o processo para declarar sua santidade durou menos de um ano, conduzido pelo Papa Gregório IX, que havia se referido a ele como “Arca do Testamento”, por conta de seu vasto conhecimento. No mesmo ano, os confrades de Antônio decidiram erguer uma basílica em sua honra. Em 1263, seu corpo foi transferido para o lugar, na presença de São Boaventura, que era o então superior dos Franciscanos. Quando abriram o sarcófago, a língua do santo, que tinha proclamado a Palavra de Deus com tanta eloquência, foi encontrada perfeitamente intacta, sendo então colocada em um relicário dourado, onde até hoje recebe a veneração de devotos em peregrinos que se dirigem a Pádua.
Fontes Bibliográficas: sites canção nova, vatican news, arquidiocese de bh, comshalom, e padre paulo ricardo