Em 2022, a CF tem como tema “Fraternidade e Educação” e o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Pr 31,26).
É um tema muito importante e que impacta a vida de todos nós. Nossa Paróquia, além dos grupos de reflexão nas casas e na igreja, procurou ouvir membros da comunidade que trabalham na área, para que possamos partilhar das alegrias e dificuldades vividas pelos educadores e manter vivo este debate na sociedade.
Pascom Entrevista: Hoje vamos trazer a Ana Flora Pinheiro Salviano, paroquiana e professora. Vamos acompanhar?
R – Ana Flora Pinheiro Salviano, 52 anos, 35 Anos de Igreja Católica.
R – Ensino Fundamental, na Rede Municipal de Ensino, há 17 anos como professora.
R – Hoje em dia o maior desafio do Educador é manter o interesse do aluno na aula pois essa geração já nasceu num contexto digital, com muita tecnologia, e o professor precisa se reinventar o tempo todo para conseguir a atenção deles, o que nem sempre é possível.
R – Essas ferramentas digitais possibilitam a aprendizagem e ajudam o Educador, porém muitos jovens não as utilizam para esse fim e com isso, dificultam o trabalho do Educador.
R – É importante combater essas fake News, mostrando a eles a verdade dos fatos e levando-os a Reflexão.
R – Eu sou uma pessoa que tem suas crenças e valores no entanto a escola é laica Na Sala de aula, o meu papel é de educadora, e com uma diversidade muito grande de crianças e jovens em formação, dessa forma tento acolher a todos e procuro orienta-los da melhor maneira, procurando respeitar sua individualidade, mas é claro que é muito subjetivo, porque cada pessoa deixa um pouco de si na outra.
R – As famílias são fundamentais na formação dessa criança e desse adolescente, hoje em dia, muito desse papel, que é da família, foi transferido para a escola, colocando um fardo muito grande nos ombros dos educadores, que além da formação acadêmica, tem que dar conta dessa carência familiar dos alunos. Na minha opinião é preciso que essas crianças se sintam amadas, é preciso ter tempo para os filhos, e não é uma questão de quantidade, mas a qualidade desse tempo que damos aos nossos jovens. E falar de família ,não é só da família tradicional pai, mãe e filhos, e sim de todos os tipos de família que temos hoje e que não deixam de ser famílias e portanto não podem ser ignoradas.
R – Que a Igreja também tenha um olhar diferenciado para os nossos jovens, precisamos entender que os jovens de hoje são muito diferentes, que ela seja uma igreja acolhedora, e temos no Papa Francisco um grande exemplo de amor ,de solidariedade e de acolhida a todos.